19/02/2011
Senil ou incapaz?
Já se tornou dolorosamente cotidiana a impotência com que o povo assiste a agonia de nossa cidade, fruto de teimosia – que é disfarce do apadrinhamento incapaz - dos gestores, em solenemente ignorá-la.
No campo da infraestrutura estamos à beira do caos, com todas as vias, principais e transversas, no centro e na periferia, em estado de calamidade pública.
No de transportes coletivos, então, ninguém fala. Principalmente os gestores, para quem usuário de transporte público é simples estatística eleitoral à época de campanha.
A saúde pública transformou-se numa ceifadora de vidas, mais eficiente que os campos de concentração do nazismo, por falta de gestão.
A educação, via colégios municipais, é o maior fomentador de futuros e atuais traficantes de drogas, que agem impunemente à porta dos escombros das escolas.
A assistência social, via dondocas universitárias, é instrumento de pressão sobre as famílias pobres, que tem de confinar seus filhos em miseráveis mocambos, com a “ajuda” de semianalfabetos conselheiros destutelados, pelo simples fato de serem “agraciados” com míseros DEZOITO REAIS por mês e por cabeça, fruto da “generosidade oficial”, no mais completo vetor de longevidade da desgraça e da miséria de um povo.
O turismo, que poderia minimizar a falta de emprego e renda, é apenas válvula de escape para despesas de propaganda, todas mentirosas, já que escondido nos escombros de casarões e mendicância dos grupos de arte e cultura.
E a cultura? Ora, esta reside nos devaneios obesos e alucinadamente risíveis dos reis momo anoréxicos da Fundação Municipal, talvez num revide público à rotundice indesejada do titular.
Quem sabe os próximos papeis noel serão obrigados a raspar a barba e o bigode, abdicar da vestimenta e do barrete, para vestir-se com as melanas jamaicanas, as alpercatas de rabicho, as camisetas e bermudões coloridos dos regueiros, preferencia declarada de alguns desses “fazedores culturais” de picadeiro.
Enquanto isso, os artistas que com sua arte sustentam nossa combalida cultura, ficam a ver navios quanto aos pagamentos de suas apresentações.
Por essas e muitas, mas muitas outras mesmo, é que se começa a delinear no seio da já insuportável insatisfação do povo, rumores de uma ação coletiva junto aos poderosos constituídos, no sentido de atestarem, via junta medica, a sanidade mental e física do prefeito, cujas atitudes, embora tentem esconder, demonstram a necessidade disso. Ou é senilidade ou é incompetência exacerbada, casos, ambos, merecedores de reparos.
Para castelos e castelões!...
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